Apesar da chuva que já se
anuncia, informação sempre útil a quem, como eu, anda de mota para fugir às agruras do
trânsito na Ponte sobre o Tejo, anda de mota, estes dias mais frios e a noite
que chega mais cedo, associam-se a um odor que com o frio começa a invadir
algumas das nossas ruas, o perfume das castanhas assadas.
Parece que estão caras, embora a
produção deste ano, ao que ouvi, foi boa, coisa dos malvados mercados, já se vê,
têm razões que a razão desconhece.
Apesar dos orçamentos se
apertarem dramaticamente, julgo que ainda faremos um esforço para aceder às
castanhas assadas. É a única coisa que nos chega embrulhada num agradável
"quentes e boas" o que na verdade merece saudação.
Em tempos frios como os que vivemos
em que a cada notícia sobre a nossa vida nos deixa mais gelados e tão amargos no
sabor que colocam nos dias que nos acolhem, é bom chegarem as castanhas,
"quentes e boas". Se calhar é isso que lhes dá o valor e daí serem caras.
Parece que já não podem ser
vendidas embrulhadas em jornal ou nas infindáveis páginas das listas
telefónicas. Coisas da segurança alimentar ao que dizem, mas não é a mesma coisa.
Podemos tentar reproduzir em casa
com equipamentos mais sofisticados umas castanhas assadas mas nunca ficam ou eu
nunca consegui que ficassem ... quentes e boas, como as que se vendem na rua. Nem com o mesmo cheiro a Inverno.
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