Na proposta do Orçamento Geral do
Estado para 2013 o ensino básico e secundário contarão com menos cerca de 418
milhões de euros, um abaixamento de 6,5% por comparação à estimativa da despesa
real efectuada este ano. O ensino superior e a ciência terão um crescimento acréscimo
de 5%. Para a educação está alocado 4% do PIB, o mesmo de 2012 e abaixo de
2010, 5%.
Nada de estranho face ao que tem
sido a PEC - Política Educativa em Curso e as respectivas linhas de orientação,
menos escolas, menos professores, menos apoios escolares e sociais aos miúdos e
famílias, menos pessoal técnico e auxiliar, menos direcções, menos qualquer
coisa que dê para poupar dinheiro, menos qualidade na escola pública.
Sim, eu sei que existe muito
desperdício. Sim, também sei que se verificaram derrapagens inaceitáveis e a
instalação de equipamentos e recursos desnecessários no programa de requalificação
das escolas a cargo da Parque Escolar. Sim, também sei das oscilações
demográficas que baralharam os discursos de Nuno Crato. Sim, sei também que os
recursos docentes podem ser melhor geridos. Sim, eu sei que temos de controlar
tanto quanto possível as despesas.
Finalmente, sei também que o
investimento em educação é reconhecidamente o que mais retorno traz a um país,
é o caminho mais sólido para construir o futuro.
Este orçamento é uma escolha, é
uma política. Podia ser outra.
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