segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O DESINVESTIMENTO NO FUTURO

Na proposta do Orçamento Geral do Estado para 2013 o ensino básico e secundário contarão com menos cerca de 418 milhões de euros, um abaixamento de 6,5% por comparação à estimativa da despesa real efectuada este ano. O ensino superior e a ciência terão um crescimento acréscimo de 5%. Para a educação está alocado 4% do PIB, o mesmo de 2012 e abaixo de 2010, 5%.
Nada de estranho face ao que tem sido a PEC - Política Educativa em Curso e as respectivas linhas de orientação, menos escolas, menos professores, menos apoios escolares e sociais aos miúdos e famílias, menos pessoal técnico e auxiliar, menos direcções, menos qualquer coisa que dê para poupar dinheiro, menos qualidade na escola pública.
Sim, eu sei que existe muito desperdício. Sim, também sei que se verificaram derrapagens inaceitáveis e a instalação de equipamentos e recursos desnecessários no programa de requalificação das escolas a cargo da Parque Escolar. Sim, também sei das oscilações demográficas que baralharam os discursos de Nuno Crato. Sim, sei também que os recursos docentes podem ser melhor geridos. Sim, eu sei que temos de controlar tanto quanto possível as despesas.
Finalmente, sei também que o investimento em educação é reconhecidamente o que mais retorno traz a um país, é o caminho mais sólido para construir o futuro.
Este orçamento é uma escolha, é uma política. Podia ser outra.

Sem comentários: