segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A DERIVA DO MEC

Quando o MEC fez notar que estava em vigor a determinação de que os exames nacionais do 12º deveriam incidir sobre os conteúdos dos três anos do ciclo de estudos, independentemente, da questão da existência e papel dos exames, afirmei que tal determinação me parecia lógica ainda que desajustada na oportunidade.
As reacções de professores, pais e alunos a esta decisão terão levado o Ministro a rever a posição no sentido da sua introdução progressiva.
Considero absolutamente natural que ao tomar decisões que não se revelam as mais adequadas, exista a inteligência, a responsabilidade e a sensibilidade para mudar de posição, corrigindo decisões ou procedimentos. Sublinho que isto deve ser encarado com normalidade e não como fruto da crítica ou combate embora, quase sempre, a crítica e o combate se tornem necessários para promover mudança.
O que já tenho mais dificuldade em compreender é a deriva e ligeireza com que um ministério liderado por um homem que faz do rigor, da qualidade e da excelência, o farol da sua actuação, se envolve em sucessivas trapalhadas, avanços e recuos, confusão de processos e orientações de que esta questão é apenas mais um exemplo e nem sequer o mais grave.
Não, definitivamente este tempo na educação não tem nada a ver com tranquilidade e normalidade. A não ser que, dramaticamente, tudo o que temos vindo a assistir seja a normalidade.

3 comentários:

Pedro disse...

Mais um exemplo de que este Governo não é surdo, nem cego...

Zé Morgado disse...

Mas parece instável e com dificuldades de aprendizagem

Anónimo disse...

Nesse caso, já dizia Luís Joyce-Moniz, choques eléctricos na criancinha que não aprende.