Nesta altura do ano escolar em muitas turmas, de muitas
escolas, começam a evidenciar-se os alunos de diferentes anos de escolaridade
que não “acompanham os outros” ou, numa variação do enunciado, “não acompanham
o ritmo”.
Estes miúdos que “não acompanham os outros” vão, alguns, decorrente
da preocupação dos professores e da existência de recursos, ter alguma ajuda no
sentido de tentar que “acompanhem os outros”. Uns conseguirão, outros não,
continuarão a “não acompanhar os outros”.
Um outro grupo destes miúdos, por desatenção dos professores
e, ou por inexistência de recursos e apoios, vão ficar entregues a si próprios
na tentativa de “acompanhar os outros”.
Para alguns outros, ainda pode haver alguma hipótese de
ajuda vinda dos lados da família ou providenciada por terceiros fora da escola
que contribua para que “acompanhem os outros”.
No fim, vai sempre restar o grupo, maior ou menor, que,
depois do tudo tentado ou do nada tentado, “não acompanha os outros”.
Esses miúdos vão continuar sós, “não acompanham os outros”.
Há quem lhes chame excluídos.
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