Nunca tinha dado por isso mas começo a perceber
que o mercado dos veados é sazonal.
De facto, no ano passado, também em Julho a
Câmara da Nazaré colocou à venda os veados que vai criando no seu território. Retoma agora a iniciativa comercial, lançando no mercado cinco machos e duas fêmeas.
Nessa altura tentou um negócio em hasta pública
que, incompreensivelmente, ficou deserto, sem propostas, o me pareceu
lamentável. No pleno uso das suas competências, anda uma autarquia
laboriosamente a criar veados para que a sua venda possa contribuir para as
depauperadas finanças e, afinal de contas, as contas ficam a zero, ninguém se
interessa por veados.
Tal situação causou a maior perplexidade pois, ao
que parece, a criação de veados pelas autarquias tem sido um sucesso nos
últimos tempos pelo que se torna ainda mais difícil entender a inexistência de
interessados nos veados criados na Nazaré.
Entretanto a Câmara da Nazaré, persistentemente,
criou uma segunda oportunidade e lá conseguiu despachar os seus veados,
vendeu-os aos lotes, é outra coisa, claro.
Este ano, já avisada e sabendo de que com a crise
o mercado dos veados também estará em recessão, resolveu mudar a estratégia de
negócio. Assim decidiu optar por uma “oferta pública de alienação” esperando
assim que os seus veados encontrem mercado e ao longo do ano.
Aliás, a eficácia e qualidade da autarquia são
visíveis no aviso público de que estando sujeitos a “alienação” cinco machos e duas
fêmeas, existem no cercado autárquico muitas fêmeas prenhas que garantem um
abastecimento sem rupturas aos muitos interessados nesta “oferta pública de
alienação”.
Ficam portanto notificados os potenciais compradores
que podem ir a jogo, os veados da Nazaré esperam por vós, para conhecerem novas
paragens, novas aragens.
Nos tempos que correm é bom ter uma notícia
destas, uma notícia típica do país feliz.
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