quinta-feira, 5 de julho de 2012

A PROLETARIZAÇÃO DA ECONOMIA

Na comunicação que fez ao país na época de Natal e Ano Novo, o Primeiro-ministro anunciou que o ano de 2012 seria um ano de democratização da economia.
Como na altura afirmei e o tempo tem vindo, dramaticamente confirmar, o tempo é mais de proletarização da economia, aliás, paradoxalmente enunciada por Passos Coelho com a sua afirmação do empobrecimento enquanto via para o desenvolvimento.
Os recentemente conhecidos casos de pagamentos na área da saúde salários miseráveis a técnicos especializados, médicos ou enfermeiros, bem como exemplos de outras áreas, caso de professores a trabalhar para as Câmaras Municipais, ilustram este caminho de proletarização.
As acuais condições do mercado, mais de 15% de desempregados, os desequilíbrios fortíssimos entre oferta e procura em diferentes sectores, a natureza da legislação laboral favorável à precariedade e insensibilidade social e ética de quem decide, promovem a proletarização do mercado de trabalho mesmo em áreas especializadas.
Alguns dos vencimentos que se conhecem a alguns técnicos com formação superior não é um vencimento, é um subsídio de sobrevivência. E um escândalo. Grave e dramático é que as pessoas são "obrigadas" a aceitar. Os mercados sabem disso, as pessoas são descartáveis.

Sem comentários: