Na comunicação que fez ao país na época de Natal
e Ano Novo, o Primeiro-ministro anunciou que o ano de 2012 seria um ano de
democratização da economia.
Como na altura afirmei e o tempo tem vindo, dramaticamente
confirmar, o tempo é mais de proletarização da economia, aliás, paradoxalmente
enunciada por Passos Coelho com a sua afirmação do empobrecimento enquanto via
para o desenvolvimento.
Os recentemente conhecidos casos de pagamentos na
área da saúde salários miseráveis a técnicos especializados, médicos ou
enfermeiros, bem como exemplos de outras áreas, caso de professores a trabalhar
para as Câmaras Municipais, ilustram este caminho de proletarização.
As acuais condições do mercado, mais de 15% de
desempregados, os desequilíbrios fortíssimos entre oferta e procura em
diferentes sectores, a natureza da legislação laboral favorável à precariedade
e insensibilidade social e ética de quem decide, promovem a proletarização do
mercado de trabalho mesmo em áreas especializadas.
Alguns dos vencimentos que se conhecem a alguns técnicos
com formação superior não é um vencimento, é um subsídio de sobrevivência. E um
escândalo. Grave e dramático é que as pessoas são
"obrigadas" a aceitar. Os mercados sabem disso, as pessoas são
descartáveis.
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