terça-feira, 24 de julho de 2012

AS FÉRIAS. Outro diálogo improvável

Vá lá Tiago, despacha-te, já te chamei tantas vezes, olha que fica tarde.
Pai, estou de férias, porque é vou para a escola?
Tiago, sabes bem que não vais para a escola para ficar lá. Vais logo para a praia.
Mas pai, já estou cansado de ir para a praia, o autocarro vai muito cheio, apanha-se filas grandes, demora muito tempo, faz muito calor e o autocarro fica longe da praia. É preciso andar um grande bocado a pé e depois é preciso voltar e é a mesma coisa.
Mas Tiago, depois descansas um bocado quando voltam da praia, depois de almoço.
Mas pai, a seguir ao almoço vamos para as salas fazer trabalhos, todos dias são os mesmos trabalhos, já estou cansado, estou de férias.
É verdade que estás de férias mas não podes ficar sozinho em casa e, por isso, vais para a tua escola.
Eu sei pai, mas tu quando estás de férias não vais para o teu trabalho.
Tens razão, mas acho que podes divertir-te com os teus amigos, fazer jogos.
A gente não tem tempo para fazer jogos, temos sempre muitas actividades para fazer e as monitoras querem que a gente faça todas, estou cansado.
Bom, acaba de te vestires, senão chegamos e os autocarros já foram embora para a praia, sabes que eles não esperam.
Pai.
Sim Tiago.
Quando é que começam as férias?

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