sábado, 14 de julho de 2012

O RELVISMO ON PROGRESS

A nauseabunda novela em torno da licenciatura de Miguel Relvas continua.
Finalmente, o ruidoso e inaceitável silêncio do Ministro Nuno Crato tornou-se insustentável. Ao que parece, vai ser desencadeada uma auditoria às circunstâncias do processo.
Não se percebe a demora desta decisão, pois, como já afirmou o Professor Alberto Amaral, presidente da Agência de Avaliação e Acreditação para o ensino superior, era imprescindível que, para proteger a credibilidade de todo o sistema de ensino superior privado, se apurassem todos os contornos da situação que, à medida que se vão conhecendo, aparecem cada vez mais nebulosos e inaceitáveis mesmo que, e existem cada vez mais dúvidas, tudo continue dentro do espírito de uma lei que, obviamente, não foi feita para gente sem espinha, sem dignidade e sem princípios éticos como alguns dirigentes envolvidos em teias complexas e promíscuas de interesses, ou indivíduos como o Ministro Relvas que, no meio disto, afirma repetidamente estar de consciência tranquila algo que se não percebe muito bem pois deverá desconhecer tal entidade. Curiosamente, um rapaz da JSD, um aprendiz portanto, afirma que deve ouvir-se o Ministro Mariano Gago, responsável pela lei, e branqueia o "Dr." Relvas e a Universidade que a perverteram e usaram manhosamente e de forma delinquente em termos éticos. O rapaz faz-se, é assim que se começa.
É ainda relevante e sintomático do Portugal dos Pequeninos e da solidez e qualidade de muitas figuras que dele se servem, a intervenção ameaçadora do eterno Luís Filipe Menezes que já avisou o seu vice-presidente de Câmara e responsável no Porto que não voltar a dizer o óbvio, o Ministro Relvas é um problema para o Governo. O Dr. Menezes não aceita e já ameaçou que ou Firmino Pereira se cala ou, como diz o povo, “lhe calça uns patins”.
Tudo isto é edificante e é mais um excelente contributo para a saúde da nossa democracia e para a confiança nas elites que traficam tudo e mais alguma coisa em torno de migalhas de poder, dos diversos poderes, ou, mais simplesmente, de um título de licenciado.

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