O Dr. Carlos Magno, presidente
dessa coisa chamada ERC, afirmou à Comissão de Ética da AR que estava
convencido de que a expressão "pressão inaceitável" estava no
inenarrável parecer da ERC sobre o caso da pressão do Ministro Miguel Relvas
sobre o Público e a jornalista. Disse ainda que sempre achou inaceitável a
pressão e justificou a sua discordância com a concordância com a deliberação
com uma tirada do mais fino recorte literário e científico, "saber gerir
paradoxos é a arte da vida". Notável.
Não Dr. Carlos Magno, o sustento
da vida é a dignidade e solidez ética, entre outros aspectos mais óbvios e
pragmáticos.
O troca-tintismo que tem sido os discursos
produzidos sobre a eticamente delinquente deliberação da ERC, retirando-lhe
qualquer justificação de existência, mostram como é a manha política e a falta
de espinha de que esta gente é feita, armando-se em arautos dos valores e opinion-makers
com tempo de antena, mas que, ao mínimo sobressalto, acorrem pressurosos a respeitar
"His master's voice". Aqui sim, em manha e habilidade são verdadeiros
artistas.
Inaceitável, para além da
pressão, comprovada, do Ministro Relvas, é a posição do Presidente troca tintas da ERC, qual enguia
que quer estar bem com Deus e com o Diabo num espectáculo deprimente e que
causa náuseas.
Já chega.
2 comentários:
Isto é um país de faz-de-conta. Desde as licenciaturas, até aos organismos reguladores. Há quem diga que vivemos numa sociedade do Ter em vez do Ser.Temo que seja bem pior: vivemos na sociedade do Parecer.
Tudo isto deve ser por identificação com Relvas, porque no Porto também circulam à muitos anos histórias sobre a licenciatura do Magno.
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