Depois de apresentar uma proposta
no sentido de enviar obrigatoriamente os miúdos que chumbem duas vezes seguidas
ou três interpoladas até ao 2º ciclo para o ensino profissional, o MEC decidiu suspender o funcionamento das
turmas dos Cursos de Educação Formação, justamente cursos com uma componente
profissional. Estes cursos são direccionados para gente que com mais de 18 anos,
que não tendo concluído o ensino básico ou secundário o possam fazer numa modalidade
que concilia ensino escolar com uma componente em contexto de trabalho.
O MEC afirma que a medida de
suspensão se verificará até ao estabelecimento de protocolos com o IEFP.
Ao que parece, com a deriva do
MEC, a informação disponibilizada às escolas das diferentes DREs nem sempre é
coincidente, algumas escolas foram informadas de que os "cursos criados
para este ano deveriam ser suspensos até novas orientações" enquanto
outras escolas (da área da DREL) desconhecem oficialmente a decisão.
As turmas criadas e agora com o
trabalho suspenso, já tinham sido aprovadas pelo MEC que condicionara a sua abertura
à existência de financiamento.
Em 2010/2011 frequentaram estes
cursos cerca de 56 000 alunos que provavelmente os têm como única alternativa
de qualificação, algo de imprescindível nos tempos que correm.
O processo é simples, diz o MEC, "não
podem abrir cursos para os quais não exista financiamento", (se não houver
financiamento esse pessoal vai polir esquinas e aumenta o risco de exclusão e
dificuldade de acesso ao mercado de trabalho), diz o MEC, "está certo, consideram-se
aprovados estes cursos nestas escolas", (as escolas organizam o ano lectivo nessa premissa),
diz o MEC, "alto, está tudo suspenso, é preciso fazer protocolos com o
IEFP", (umas escolas sabem disto outras não) e entretanto pára-se tudo.
Estranho?
Não, apenas mais um exemplo elucidativo de uma política de rigor, qualidade e
excelência e de um ano lectivo que arrancou com toda a normalidade.
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