Inspirados pelos tempos de austeridade PSD e CDS-PP propõem-se desenvolver até 2016 campanhas eleitorais menos onerosas. Trata-se sem duvida de um decisão interessante e oportuna mas, devo confessar, levanta-me algumas inquietações como há tempos aqui dizia.
Considerando o que se vai conhecendo, parece-me positiva não utilização de outdoors, são caros e em termos estéticos alguns, valha-nos Deus, mas, por outro lado, custa-me ver milhares de rotundas sem as promessas que em todas as campanhas são feitas, quase sempre, com as mesmas caras e chavões.
Também me parece que se poderia economizar utilizando, tanto quanto possível os tempos de antena de campanhas passadas. Em muitos discursos de muita gente, não há novidades, é o que se convencionou designar por cassete.
No entanto, embora simpatize com campanhas eleitorais low cost acho que é preciso ter alguma cautela e não exagerar.
Por favor, peço encarecidamente aos responsáveis partidários pelas campanhas que não cortem na distribuição das esferográficas, sacos e bonés que tanto nos atraem e pelos quais somos capazes de criar conflitos.
Agradeço ainda que não cortem aqueles megacomícios em que é preciso trazer gente de fora. Nós portugueses apreciamos uma viagenzinha de borla mesmo que tenhamos que dar vivas a um partido e agitar uma bandeira. Sempre espairecemos um bocado das agruras da vida.
Finalmente, solicito encarecidamente que não deixem de organizar uns almocinhos ou jantares de campanha que são deliciosos e baratos. É certo que variam entre o bacalhau com natas, a carne assada e os bifinhos com cogumelos e ainda levamos com os discursos. Bom, mas também temos que fazer algum sacrifício, o preço compensa.
Vamos ver como correm então as campanhas eleitorais low cost. E, sobretudo, como acabam.
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