No DN de hoje pode encontrar-se
com chamada a 1ª Página que "Existem professores a dar aulas em mais de 10
escolas". Notável.
No desenvolvimento da notícia é
contada a história de um professor que lecciona em 11 escolas e, por acaso, não
tem carta de condução pelo que, presume-se, não terá meios próprios de
deslocação.
As deslocações para este
exercício profissional extraordinário são realizadas sem ajudas de custo embora,
como será bom de ver, realizadas com muitos custos, de natureza variada.
Nem sequer me parece relevante atentar
na natureza das razões para que tal situação aconteça nem o número de professores
que envolve.
Qualquer pessoa minimamente atenta
aos fenómenos educativos percebe que situações desta natureza são verdadeiros
atentados, em primeiro lugar à qualidade do trabalho e em segundo lugar e não
menos importante à estabilidade e dignidade profissional e pessoal das pessoas
e às condições em que realizam o seu trabalho.
A austeridade e a necessidade de
contenção de despesas há muito que deixaram de justificar boa parte do que está
a acontecer no sistema educativo português. Muito do que observamos é pura e
simplesmente insustentável à luz de qualquer critério racional.
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