terça-feira, 13 de novembro de 2012

VEM LÁ A ESCOLA, VAI SER UM PROBLEMA

Há uns tempos atrás numa roda de gente com filhos mais novos, o diálogo encaminhou-se para a situação que se aproxima para alguns miúdos cujos pais habitavam a conversa, a entrada na escola.
Vários dos pais expressaram o seu receio por esse passo, entrar na escola, afirmando alguma inquietação sobre a forma como tudo irá decorrer.  Uma mãe dizia com ar apreensivo que o Miguel anda tão feliz no Jardim de Infância que teme que a entrada na escola lhe "roube" (digo eu) a felicidade. A conversa estendeu-se e encolheu-se em torno destas dúvidas e das certezas nenhumas e deixou-me a pensar.
Que escola andamos todos a criar que assusta os pais e, portanto,  acabará por assustar os miúdos? Terá de ser assim? É a escola que inquieta ou é o futuro que inquieta sendo que a escola é apenas uma parte desse futuro?
Os miúdos terão de sofrer a escola ou gozar a escola em momentos bons e, também, em momentos menos bons que inevitavelmente irão conhecer?
Creio que é muito importante que nós, pais e ou professores, assumamos uma atitude e um discurso que, sem perder o realismo, contenham optimismo e, sobretudo, expressem confiança nos miúdos e nas suas capacidades e competências para lidar com a narrativa que os espera, onde se inclui como não pode deixar de ser um longo tempo na escola. Diria que este discurso e atitude realistas constituirão uma espécie de responsabilidade ética perante os miúdos e o seu futuro.
Pais e professores confiantes nos miúdos e em si constituem uma boa base na qual os miúdos se apoiam e se sentem apoiados para que eles próprios se sintam com confiança para subir os degraus da escada que vai crescendo e construírem, com autonomia, um caminho que os leve, por exemplo, a ser pais confiantes de outros miúdos com confiança que por sua vez ...

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