quinta-feira, 22 de novembro de 2012

IMAGENS CEDIDAS, IMAGENS CONFISCADAS, IMAGENS DESTRUÍDAS?

Creio que ninguém de nós estranha a regularidade com que no Portugal dos Pequeninos emergem umas trapalhadas assentes em histórias muito mal contadas de que nunca se chegam a perceber os verdadeiros contornos ou, tão grave quanto, contemplam situações que, do ponto de vista ético ou mesmo legal. são no mínimo duvidosas, mas das quais nunca ninguém é responsabilizado.
Vem esta introdução a propósito do episódio relativo à eventual cedência por parte da RTP de imagens não publicadas da manifestação que terminou com a carga policial em S. Bento e arredores.
A matéria de facto parece, até ver, circunscrever-se à demissão do director de e do sub-director de informação da RTP que negam a cedência de imagens à PSP ou a serviços do MAI. Por outro lado, um comunicado do Conselho de Administração da RTP parece admitir que tal se tenha verificado, os trabalhadores entendem que pode ter acontecido, a PSP nega, tal como Miguel Macedo e o incontornável Ministro Relvas diz que não tem nada ver com o assunto.
Este enunciado e eventuais desenvolvimentos dificilmente, pode ser que me engane, esclarecerão se de facto se passou algo de muito grave em termos de direitos individuais e cidadania, a utilização deste tipo de informação por parte das autoridades policiais.
Creio que de uma forma geral, o cidadão tenderá a não defender a violência e o excesso, seja por parte de um grupo de manifestantes seja, e mais grave, por parte das autoridades, pelo que a investigação dos acontecimentos é legítima. No entanto, a vida em democracia impõe, deveria impor, o respeito pelos quadros éticos e legais desde logo na protecção dos direitos individuais básicos.
Aguardam-se novos desenvolvimentos.

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