domingo, 11 de novembro de 2012

ESTEVAS, URZE E ROSMANINHO


Este fim de semana lá no Meu Alentejo, entre outras tarefas que o tempo exige, apanhar azeitona para conserva, depois de já ter colhido e retalhado alguma na semana passada, limpar os pés de burro a algumas oliveiras para facilitar o estender dos panos para a apanha que este ano vai ser rápida que por falta de azeitona e de plantar umas couves e alfaces que para mais a terra encharcada não dava, ainda tivemos tempo para uma plantação que deixou o Velho Marrafa a pensar, agora é que esta gente lá de Lisboa variou de vez. Andámos a plantar mato.
Quem conheça os cheiros do campo saberá como as estevas cheiram bem na Primavera embora eu ache que cheiram sempre bem e, sobretudo quando estão em flor, são lindíssimas. Lá num sítio do monte onde nem para pasto a terra é grande coisa, resolvemos plantar uma boa mão cheia de estevas colhidas pequenas à beira da estrada, a terra está molhada arrancam-se bem com a raiz e, espero eu, devem pegar bem. No meio também misturámos uns pés de rosmaninho e urze e agora é esperar que cresçam.
O Velho Marrafa quando viu aquele trabalho, olha para mim a rir-se com os olhos pequenos e pergunta, "Então andou a plantar mato?". Com o ar que ele compôs até lhe pedi que não falasse na vila desta estranha plantação, somo gente tida como atinada.
Bom, na verdade não me importo muito do que pensem, aquele mato quando crescer vai ficar lindo e a cheirar tão bem que o Meu Alentejo ainda fica mais bonito.

1 comentário:

marta disse...

pois eu acho que fez muito bem :) mas acredito que seja visto como ave-rara. cá na aldeia também me vêem como uma ave rara, por razões muito idênticas a essa :)