Estava o Jornal televisivo para
acabar, esgotado que estava o espaço para a crise, o tornado de Silves, o
eterno conflito entre Israel e os vizinhos árabes e o desporto, quando surgiu
uma peça que me pediu atenção.
Tratava-se de conhecer um homem
com uma profissão improvável, é homem-bala e desempenha a sua extraordinária
profissão num circo, o Circo Mundial. Ao que parece, trata-se do único
homem-bala português, o que não significa coisa pouca, deve dizer-se.
Anda assim de terra em terra,
transportando consigo um enorme canhão que através de um dispositivo hidráulico
o dispara a 200 km hora para um voo de 30 metros para cima de uma rede onde,
vistosamente, aterra com um mortal pelo meio.
O Ruben Mariani, o homem-bala, que começou
pela inspiração de um americano, tinha que ser, afirma o orgulho e o risco da
sua profissão, esperando um dia atingir um recorde que figure no incontornável
Guiness World Records. Por mim merece e, só por existir, já devia constar.
Achei ainda muito interessante o
fascínio e a perplexidade com que algumas crianças inquiridas viram a actuação
do homem-bala, mostrando-se encantadas e com aquele brilho mágico nos olhos e
nas falas.
É ainda assim o encantamento do
circo que ainda persiste e acolhe um homem-bala, o único homem-bala português, a mais improvável das
profissões.
Gostei de ver e durante uns minutos
acho que aqueles miúdos fugiram do outro circo, o circo de feras em que nos
movemos e que temos para lhes oferecer. Obrigado ao Ruben.
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