Segundo um estudo realizado aos 51 000 comentários colocados
na página do FB do Primeiro-ministro entre o dia 8 de Setembro, o dia da famosa
mensagem do pai e cidadão Pedro, e o dia 17 de Setembro, a palavra mais frequente
foi “vergonha”.
Não me parece estranho, embora termos como sacrifício,
austeridade e crise pudessem oferecer forte concorrência.
Na verdade, os dias que fizemos e nos fazem, são dias onde
abunda a vergonha, por sentimento ou omissão.
Da vergonha que sentimos pela subserviência e aceitação
indigna do dikat dos mercados assumido pela seus representantes, a troika, que
transformou Portugal numa feitoria em administração delegada.
Da vergonha que se perdeu, passando de uma pobreza
envergonhada a uma pobreza de mão estendida esmolando a sobrevivência.
Da vergonha pela perda da dignidade.
Da falta de vergonha que o despudor ético empresta a
comportamentos e discursos que todos os dias nos insultam.
Da falta de vergonha que representa a manutenção de
mordomias e protecção de privilégios insustentáveis.
Da falta de vergonha que permite, sem um sobressalto,
condenar gente à pobreza e exclusão.
2 comentários:
E aquele que levou o país à falência e depois fugiu? Não devia ter vergonha? E já agora todos aqueles que votaram por duas vezes no dito cujo???
Claro Pedro, esse e todos os que têm ajudado no poder nos últimos 30anos.
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