Era uma vez um homem chamado Eles É que Sabem.
Desde muito pequeno habituou-se a que alguém decidisse tudo o que dizia
respeito à sua vida, mesmo em aspectos em que, pela idade, já poderia ter
alguma ideia sobre a decisão.
Não se sabe se funcionava assim por incapacidade, medo e insegurança, excesso de autoridade dos adultos, ou outra qualquer razão ou razões. A verdade é que o Eles É que Sabem assim funcionava. Quando cresceu um pouco, a atitude e o entendimento eram os mesmos, agora já não tão dependente dos adultos, mas dos colegas, que ditavam o seu comportamento.
Não se sabe se funcionava assim por incapacidade, medo e insegurança, excesso de autoridade dos adultos, ou outra qualquer razão ou razões. A verdade é que o Eles É que Sabem assim funcionava. Quando cresceu um pouco, a atitude e o entendimento eram os mesmos, agora já não tão dependente dos adultos, mas dos colegas, que ditavam o seu comportamento.
Quando chegou a adulto o Eles É que Sabem olhava
aflito para o lado e, felizmente para ele, sempre estava alguém, amigo ou
chefe, que dizia o que fazer. O Eles É que Sabem apreciava a tranquilidade
desta vida, sem pensar ou decidir.
Um dia teve um pesadelo. Viu-se no meio de uma
multidão absolutamente desconhecida, numa terra estranhíssima. Sentindo-se
perdido, assustou-se e dirigia-se a à gente pedindo ajuda. Todas as pessoas,
uma a uma, lhe falavam numa língua que não entendia e acabavam por voltar as costas
frustradas.
O pânico que o Eles É que Sabem sentiu, foi tão
grande que, ao que consta, não voltou a acordar por não saber se o devia fazer.
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