terça-feira, 13 de novembro de 2012

VOU-ME EMBORA, VOU PARTIR

Uma moda muito conhecida do Meu Alentejo reza assim, "Vou-me embora, vou partir ... eu hei-de ir, hei-de voltar, com o tempo".
Lembrei-me desta moda ao ler que foram inauguradas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Beja que o próprio Presidente da Instituição considera destinadas ao subaproveitamento por escassez de alunos e um desperdício dada a sua dimensão e equipamento.
Estabelece-se um paralelo com a situação do aeroporto de Beja que após os vultosos investimentos continuam sem tráfego que os justifiquem e constitui-se em mais uma pesada estrutura que consumiu montantes significativos na sua modernização e consumirá ainda mais na sua manutenção sem rentabilidade.
Também podemos referir a situação da utilização do Alqueva que continua sem conseguir potenciar os investimentos e as oportunidades anunciadas que sustentaram a construção da Barragem.
São apenas três retratos, por coincidência todos situados numa das regiões mais pobres do país mas, desculpem lá amigos meus, a mais bonita de todas, que exemplificam modelos de gestão, definição de prioridades e falta de acerto nas escolhas que conduzem a enormes desperdícios, a recursos existentes e não aproveitados, sendo que na situação difícil que atravessamos tudo isto assume especial significado pois, seguramente, foi também por este tipo de decisões que estamos como estamos.
O que embaraça é que ninguém é responsabilizado pelo que quer que seja. No entanto, sabemos todos quem paga a factura do desvario e da incompetência.
No caso do Meu Alentejo, por estas e outras situações, vai sendo cada vez mais difícil cumprir o que moda diz, as pessoas partem e já não voltam, com o tempo.

Sem comentários: