terça-feira, 25 de junho de 2013

PÃOZINHO SEM SAL, VAI SER ELOGIO

Pois é, mudam-se os tempos mudam-se as vontades. Durante muitos anos "pãozinho sem sal" era algo de negativo, ninguém queria ser um "pãozinho sem sal". Então quando era uma rapariga a achar que éramos um "pãozinho sem sal", a auto-estima ficava de rastos. Agora, parece, "pãozinho sem sal" vai tornar-se elogio, significará certamente alguém de saudável, com bom senso e com o "tempero" adequado. Para muitos virá tarde a mudança.
Mais a sério, a regulamentação de matérias que impliquem comportamentos no chamado estilo de vida, consumo de álcool e tabaco são bons exemplos, despertam sempre alguma reactividade e alguns discursos que referem o excesso de intromissão em áreas que consideram do foro das liberdades individuais. Entendo os discursos mas compreendo e aceito que comportamentos que se transformam em grandes problemas de saúde pública possam ser objecto de regulação sem ferir os direitos e liberdades individuais.
Serve esta introdução para referir que me parece positiva a definição já estabelecida nos limites no uso do sal para fazer o pão, dado os níveis de consumo de pão na dieta dos portugueses e o volume de sal nele incorporado e a continuação dos esforços de promoção da diminuição do consumo. Com efeito, o consumo de sal em Portugal é altíssimo e uma causa conhecida e reconhecida de seriíssimos problemas de saúde, consumidos o dobro, cerca de 10 gramas, do limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde. É evidente que o pão não é a única fonte do excesso de sal o que significa a necessidade de iniciativas e programas que previnam e promovam, com bom senso e sem fundamentalismos, estilos e hábitos que nos proporcionem melhor qualidade de vida. Daí o desenvolvimento agora anunciado da Estratégia para a Redução do Consumo do Sal na Alimentação em Portugal apresentada pela Direcção-geral de Saúde.
Gostei do nome embora seja, por assim dizer, um bocado insosso.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pseudo-ciência e perpetuação de mitos. A guerra deveria sert aos refinados e processados, não ao sal que tem potencial de manutenção de saúde, prevenção de doenças, equilíbrio do organismo, consumo de minerais essenciais. Cada pessoa é diferente e apenas numa percentagem reduzida da população o sódio causa problemas. Informação é poder. Alguns links cientificos a falar disto: jama.jamanetwork.c o m/article.aspx?articleid=187486 / /hyper.ahajournals.o r g/content/36/5/890.full / /opinion.financialpost.c o m/2010/06/14/junk-science-week-salt-scare-lacks-solid-evidence/

Zé Morgado disse...

Agradeço a informação.