Passos Coelho afirmou hoje que apesar do Governo
respeitar, obrigado senhor, o “direito inalienável à greve”, mas acentuou que o
país precisa menos de greves e mais de trabalho. Está certo, quando era miúdo
também ouvia alguma gente dizer "a minha política é o trabalho"
quando ventos adversos desaconselhavam o desacordo com o regime.
Na verdade, as lideranças políticas, todas elas,
convivem mal com a contestação quando estão no poder e "compreendem-na"
quando estão na oposição, é uma questão de oportunismo, perdão de oportunidade.
Mas vamos registando.
Há já algum tempo Manuela Ferreira Leite achava
que se deveria "suspender" a democracia para se poder realizar
mudanças com tranquilidade. No recente processo de greve dos professores e
perante a decisão do decisão do Colégio Arbitral de não definir serviços
mínimos, como era expectativa e desejo do Governo, o Primeiro-ministro anunciou
a intenção de mudar a lei para que tal não voltasse a acontecer. Está certo,
não gostamos das regras do jogo, mudam-se. Mais nada.
O Dr. Alberto João, outro rapaz que não lida bem
com quem discorda de si, defendia há dias a proibição do direito à greve em
alguns sectores, coisa que considerava "insustentável". É assim
mesmo, essas coisas de comunistas só atrapalham.
Também, o geniozinho que substituiu o “Dr.”
Miguel Relvas no Governo, Poiares Maduro, entende que “um dos grandes problemas
em Portugal é que tudo é contestado”.
Volto a reafirmar o que disse há dias. Têm muita
razão os nossos Queridos Líderes.
Estão as pessoas do Governo, as que obviamente
sabem o que é importante para o país, a cumprir o patriótico dever de reformar o
Estado, despedir pessoas, levar o país à recessão, as pessoas à pobreza e as
empresas à falência e esta gente só atrapalha, quer discutir, negociar e até
fazem greves quando é preciso é trabalhar, já vamos nas 40h mas é preciso mais.
Mas discutir o quê? Negociar o quê?
As pessoas comuns sabem alguma coisa de economia,
de finanças, de reformas de estados?
Claro que não, é só para atrapalhar, arrnajr confusão e fazer
perder tempo. E, como sabem, tempo é dinheiro.
Que não hesitem, pois, Queridos Líderes, cumpram
o dever patriótico de reformar o país e ponham a mexer, em mobilidade, perdão
em requalificação, perdão no desemprego, quem tiver que ser. O país não pode estar
preso por irrelevâncias como as que as pessoas estão sempre a levantar, em vez
de estarem sossegadas em casa ou a trabalhar, os que ainda o podem fazer.
Há que mudar a Constituição e acabar com estas
forças de bloqueio como sindicatos, o Tribunal Constitucional, Provedor de
Justiça, Tribunal de Contas, imprensa
pouco amiga, etc.
Que chatice!
Deixem trabalhar os Queridos Líderes.
1 comentário:
Tal como , 1933 um projecto de Constituição concebido, elaborado e aprovado pelo Presidente do Conselho de Ministros, António Oliveira Salazar, também o PRIMEIRO MINISTRO Pedro Passos Coelho e COMPANHIA, têm o direito de fazer uma Constituição á medida dos seus ideais e doutrinas políticas.
Pode não ser de supetão, mas vai ser de mansinho, de forma pouco perceptível, indolor...uma coisinha aqui... outra acolá... Creio até que o sonho de qualquer lider político, seja de que banda for é ter uma Constituição pessoal para governar quando fosse caso disso.
VIVA!
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