Assinala-se hoje em Portugal o Dia da Libertação dos Impostos, ou seja, a partir de hoje começamos, os que começam, pois existe mais de um milhão de portugueses sem salário e que não são reformados ou pensionistas, a receber o nosso verdadeiro salário líquido. Até agora estivemos cinco meses a trabalhar para pagar impostos.
Dir-se-á, obviamente, que estivemos a financiar o funcionamento do Estado para que possa cumprir as suas atribuições, designadamente, as que lhe estão cometidas no âmbito do chamado Estado Social, para além, naturalmente, de outras exigências como segurança e defesa.
O que me parece preocupante é que as exigências de financiamento do estado por parte dos cidadãos estão para lá do suportável, não se vislumbra o abaixamento desse esforço das pessoas e das famílias, continuam a verificar-se assimetrias, injustiça e evasão fiscal e está na agenda uma reforma do estado cujos objectivos parecem justamente atingir quem o financia para além do suportável, os cidadãos e as famílias, através da anunciada intenção de reformar sobretudo nas funções sociais.
A grande questão é o que faz o estado com o dinheiro que pagamos, como controlar o desperdício e o despesismo, como evitar o despudor ético do alimentar de clientelas partidárias em empregos e instituições criadas e sustentadas pelo que pagamos sem nenhuma espécie de utilidade ou justificação.
Contrariamente, aos bons negócios envolvidos nas estruturas rodoviárias conhecidas como SCUT -Sem Custos para o Utilizador, a maioria de nós paga um insuportável custo por viver num país ECUT, ou seja, com Enormes Custos para o Utilizador
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