O Público divulga um projecto interesssante de introduzir no circuito comercial produtos hortícolas e frutícolas que, dado o seu aspecto menos atraente mas com qualidade, são rejeitados. Parece uma forma que contribui para combater o enorme desperdício, cerca de 30%, de produtos que reunirão a qualidade exigida mas que os consumidores devido ao seu aspecto não adquirem pelo que a distribuição também não os compra aos produtores.
Na verdade, seja pelas estapúrdias exigências, entretanto aligeiradas, das normas europeias, seja pela "esquisitice" dos consumidores, muita fruta e hortícolas de boa qualidade são desaproveitados e criminosamente desperdiçados.
A este propósito, lembrei-me de uma história passada aqui no Meu Alentejo em que um dos companheiros que estava nas lérias afirmava que só comia fruta que tinha bicho, "é a que presta", afirmava ele.
Perante a estranheza de outro companheiro explicava, "essa fruta que se vê aí grande e sem bicho não presta, Então nem o bicho lhe pega e vou eu comê-la. Isso é que era bom, se a fruta não é boa para o bicho e é boa para mim?"
Sendo certo que os olhos também comem, o embrulho nem sempre corresponde ao conteúdo.
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