Hoje, estava num café pequenino de bairro ocupando
uns minutos de espera com umas páginas de leitura.
Entretanto, entrou uma senhora com um bebé ao
colo, certamente ainda de meses. A senhora do café cumprimentou efusivamente
com um “Olá Marta” dirigido, percebi, ao bebé. A mãe respondeu com um
imprevisível “agora é fase da mãe” que me surpreendeu e me deixou atento.
Felizmente para a minha curiosidade, a senhora foi explicando de forma
detalhada que a Marta só quer a mãe, não quer outra coisa.
Achei engraçada e ingénua a conversa, pois que
pode esperar-se que queira uma pessoa com meses de idade que não a mãe? A mãe é
tudo e dá tudo. Que esperaria a mãe da Marta que ela quisesse?
O problema é que no nosso país continuamos com
demasiadas crianças pequeninas sem mãe, umas porque estão escondidas em algumas
instituições, outras, porque mesmo tendo por perto a mulher que as pariu, estão
sem mãe.
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