Parece que o PS vai mesmo apresentar no Parlamento uma moção de censura ao Governo. Dada a composição partidária da Assembleia a moção está condenada ao fracasso e à inconsequência.
Como muitas vezes aqui tenho escrito, a persistência insensível e insensata do Governo no prosseguimento de uma política de austeridade cega que empobrece, arrasta o país para um recessão fortíssima, continua a fazer aumentar o desemprego e a desesperança merece, obviamente, censura.
No entanto, creio que o calculismo e a gestão dos interesses partidários têm motivado um posicionamento ambíguo por parte do PS, não conseguindo ou não querendo definir, clara e seriamente, políticas alternativas que justifiquem a moção de censura agora decidida. A prova é a percepção do eleitorado traduzida nas apreciações e intenções de voto reveladas em sucessivas mensagens.
Creio que este passo é mais uma espécie de prova de vida interna de António José Seguro que uma verdadeira iniciativa capaz de mudar o rumo dos acontecimentos.
É assim uma moção tipo sei lá.
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