Com chamada a primeira página, o
CM noticia que no âmbito da 7ª avaliação a "Troika dispensa 10 000
professores", ou seja, os burocratas que nos governam irão impor aos
feitores que administram a feitoria em que nos transformámos e nos transformaram,
a passagem à situação de mobilidade de 10 000 professores que estão no
sistema e com uma redução de 50 % do seu vencimento. Não se conhecem ainda
comentários do MEC, mas é de relembrar o famigerado Relatório do FMI que "sugeria"
a colocação de 30 000 a 50 000 professores em mobilidade, pelo que os actuais
10 000 poderão vir a ser apresentados com uma "vitória" nas
negociações com a troika.
Não é possível ler este tipo de notícias sem um
sobressalto de indignação. Em primeiro lugar e naturalmente pelo impacto grave
que as alterações de natureza laboral tem na vida das pessoas e das suas
famílias. Em segundo lugar pela forma como estes burocratas, ignorantes da vida
e das pessoas, decidem sobre o nosso país e a nossa vida.
O Governo, feitor sem mandato, tem-se esforçado
denodadamente para mostrar que os desejos dos burocratas são ordens e o
resultado é o que bem sabemos, sentimos.
Miguel Beleza tem razão quando afirmou que a
soberania é uma treta, estará também em mobilidade especial. No entanto, a
feitoria é uma tragédia.
E a gente aguenta?
Fernando Ulrich entende que sim, eu não tenho a
certeza.
Numa nota de rodapé e em contraponto à
subserviência de bom aluno dos feitores que nos administram é curioso citar o
exemplo de um empresário bem sucedido de Vizela a quem o Município resolveu
atribuir uma medalha de mérito pelo seu sucesso. O empresário recusou o prémio
pois é atribuído por gente que tem administrado a Câmara e "Apenas se
preocupou em deixar obra, construir rotundas e estátuas, esquecendo-se do
fundamental".
Na verdade, como em tudo na vida e em diferentes
escalas, existe uma linha que separa a independência e soberania da
subserviência e submissão.
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