Segundo o JN, 350 alunos de três escolas do 1º ciclo em
Lisboa vão ficar sem supervisão a partir de hoje, entre as 15:15 e as 17h,
porque os 27 professores que asseguram as Actividades de Enriquecimento
Curricular suspenderam o trabalho pois não recebem desde Janeiro as suas
retribuições.
Ao que parece, a situação deve-se a uma bem cuidada, planeada
e rigorosa mudança operada nos serviços do MEC responsáveis por estas matérias.
Eu sei, pronto, lá estou outra vez a protestar, mas não
ponho a Grândola em banda sonora. Mas na verdade, este é apenas mais um exemplo
de como em variadíssimos processos, o mais paradigmático será da colocação de
professores, o MEC revela uma incapacidade de gerir processos e mudanças, elas
próprias por vezes pouco claras, de forma eficaz e serena.
O mais curioso é que a actual liderança, da responsabilidade
de Nuno Crato, assumiu funções em nome do rigor, da exigência e da qualidade.
A situação de hoje contempla uma espécie de dois em um, Actividades
de Enriquecimento (esperemos que o sejam) Curricular para os alunos e
Actividades de Empobrecimento do Cidadão, para os professores.
Não sei qual será o cenário neste caso particular mas em
muitas situações neste universo, mesmo quando o pagamento está em dia, o valor da
retribuição a professores nestas funções é uma indignidade e um contributo para
o tão desejado e salvífico empobrecimento.
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