Um estudo desenvolvido pelo Automóvel Clube de
Portugal mostra que cerca de 30% dos condutores inquiridos admite já ter transportado
crianças com menos de 12 anos sem qualquer sistema de retenção.
Dados os riscos e sem qualquer excesso de natureza
fundamentalista importa uma permanente atenção à forma como lidamos com os mais
novos.
Continuarmos a ser um dos países da Europa com
taxa mais alta de acidentes domésticos envolvendo crianças, de que as quedas de
janelas ou varandas, os afogamentos e o contacto com materiais perigosos não
devidamente acondicionados ou a referência de hoje no uso do automóvel são exemplos.
O que me parece importante registar é que num
tempo em que os discursos e as práticas sobre a protecção da criança estão
sempre presentes, registam-se com demasiada frequência episódios e acidentes ou
comportamentos mas desatentos, o que parece paradoxal. Por um lado, protegemos
as crianças de forma que, do meu ponto de vista, me parece excessiva face às
suas necessidades de autonomia e desenvolvimento e, por outro lado e em muitas
circunstâncias, adoptamos atitudes e comportamentos altamente negligentes e
facilitadoras de acidentes que, frequentemente, têm consequências trágicas.
E não vale a pena pensar que só acontece aos
outros.
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