segunda-feira, 18 de março de 2013

SÓ ACONTECE AOS OUTROS. ÀS VEZES ... NÃO

Um estudo desenvolvido pelo Automóvel Clube de Portugal mostra que cerca de 30% dos condutores inquiridos admite já ter transportado crianças com menos de 12 anos sem qualquer sistema de retenção.
Dados os riscos e sem qualquer excesso de natureza fundamentalista importa uma permanente atenção à forma como lidamos com os mais novos.
Continuarmos a ser um dos países da Europa com taxa mais alta de acidentes domésticos envolvendo crianças, de que as quedas de janelas ou varandas, os afogamentos e o contacto com materiais perigosos não devidamente acondicionados ou a referência de hoje no uso do automóvel  são exemplos.
O que me parece importante registar é que num tempo em que os discursos e as práticas sobre a protecção da criança estão sempre presentes, registam-se com demasiada frequência episódios e acidentes ou comportamentos mas desatentos, o que parece paradoxal. Por um lado, protegemos as crianças de forma que, do meu ponto de vista, me parece excessiva face às suas necessidades de autonomia e desenvolvimento e, por outro lado e em muitas circunstâncias, adoptamos atitudes e comportamentos altamente negligentes e facilitadoras de acidentes que, frequentemente, têm consequências trágicas.
E não vale a pena pensar que só acontece aos outros.

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