Horas depois do Secretário de Estado, Casanova de Almeida,
ter apresentado um mapa de Quadros de Zona Pedagógica com sete zonas e desdizer
o que ele e o Ministro Crato têm vindo a afirmar sucessivamente sobre a
colocação de professores em mobilidade especial, o MEC apresenta hoje uma nova
proposta agora com 10 quadros de zona pedagógica. Poderia ser estranho se não
fosse habitual tamanha “flexibilidade” de discursos e procedimentos. A razão
será, evidentemente, tão boa quanto a primeira versão, ou seja, terá a sua
tradução em Unidades de Corte de Professores a unidade de medida das políticas educativas.
A medida é coerente com boa parte da PEC - Política Educativa
em curso que aparenta como grande missão baixar os custos da educação,
sobretudo à custa dos professores. Assim sendo, tudo o que é pensado em termos
de política educativa é calculado em UCPs – Unidades de Corte em Professores. É
o caso dos mega-agrupamentos, da espécie de reforma curricular realizada, do aumento
do número de alunos por turma, do processo de colocação, etc.
Além do mais, estas estratégias são desenvolvidas de forma
manhosa, anuncia-se uma coisa e faz-se outra com justificações que embaraçam a
inteligência.
Se o MEC praticasse nos gabinetes de decisão a sua poção
mágica, os exames, o chumbo desta gente era garantido. No entanto, dada a
existência do sistema dual, poderiam sempre dedicar-se a aprender uma profissão,
pasteleiro, talhante ou voltar ao campo e à lavoura.
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