A Associação Portuguesa de
Empresas de Diversão que representa os empresários de um sector que certamente
contribuíram para algumas das boas memórias da nossa infância, carrosséis,
carrinhos de choque e outros divertimentos das feiras, protestam contra a
subida do IVA de 6 para 23% o que, do seu ponto de vista, compromete seriamente
a sobrevivência da sua actividade.
Esta gente não percebe como vivem
em contraciclo e estão condenados. O tempo não está para diversões, o tempo
está para trabalho e produtividade. Quem não cabe no trabalho e não produz,
transforma-se em desempregado e
reformado, na maioria sem apoios ou com pensões miseráveis.
A diversão de que esta gente vive
é uma diversão de pobre e como se sabe são os pobres que pagam, sofrem, a
crise. Estes empresários querem a sua actividade considerada como actividade
cultural e daí resultar um IVA de 13%. Mas cultura é só para perder tempo e não
produz nada, ainda por cima cultura para pobres. Se fosse, por exemplo, cultura
como a que Joana Vasconcelos produz que rende e muito, ainda vá que não vá.
Não feirantes das diversões,
mudem de ramo, passem a desempregados ou a pensionistas sem dignidade.
Se por acaso alguns de vós
resistirem ainda vos irei procurar para mostrar ao meu neto que está para
chegar o que era um carrossel da minha infância.
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