segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

OS MEDOS DOS PAIS E OS MEDOS DOS FILHOS

Um destes dias participei numa conversa com pais de gente ainda miúda,  passageiros de creche e jardim de infância.
De uma forma geral e apesar das preocupações que sempre emergem, as falas dos pais dos gaiatos mais pequenos parecem um pouco mais serenas que as que oiço a pais de gente um pouco mais velha, adolescentes, por exemplo. Na verdade, por várias razões, os pais dos adolescentes, parecem, quase sempre, um pouco mais assustados, por assim dizer.
No entanto, esta última conversa deixou-me algumas inquietações. Vários pais expressaram forte inquietação com os medos que acham que os seus filhos revelam e, logo de seguida, dos muitos medos que eles próprios parecem sentir, seja pelos medos dos filhos seja pelos seus próprios medos.
Costumo dizer que os que de nós, e somos muitos, lidamos com miúdos e o seu universo, quer como "amadores", quer como "profissionais, temos a responsabilidade de manter o optimismo necessário e suficiente para acreditar que somos capazes de com eles construir um mundo onde caibam os seus, nossos, projectos, apesar de saber, aprendi há muito, que muitos percorrerão uma estrada difícil, cheia de curvas e de riscos a que alguns, esperemos que poucos, não resistirão.
Apesar de sentir nas falas daqueles pais os medos, muitos medos, dos dias de chumbo que vivemos também me pareceu que não querem desistir do futuro dos miúdos.
Vão chegar lá, tenho a certeza.

 

Sem comentários: