Segundo um estudo divulgado hoje pelo Diário
Económico, Portugal terá em 2013 a maior carga fiscal da Europa acentuando-se a
sobrecarga sobre o grupo dos reformados.
Para compensar e como é óbvio, todos, quase todos, o sentimos, o
rendimento disponível continua comparativamente baixo e a baixar.
Estamos perante uma espécie de carteirismo fiscal.
Para utilizar a terminologia do mundo dos pequenos carteiristas, a todo o momento
e circunstância, alguém está meter os dedinhos, os "baios" nas nossas
carteiras, as "chatas", num verdadeiro assalto legal.
No entanto, a linguagem deste carteirismo fiscal é
também diferente e bem menos interessante que a dos pilha galinhas, usa termos
como, sacrifícios, défice, austeridade, recuperação, recessão, impostos,
restrição orçamental, cortes, despesa, rigor, exigência, troika, etc., etc.
Uma outra diferença para o mundo artesanal dos
carteiristas de rua e dos transportes públicos é ao nível da escala e dos
recursos, o carteirismo fiscal trabalha com modelos bem mais actuais e com
recursos bastante mais sofisticados. Tudo se transforma e como se sabe as actividades
artesanais estão em desaparecimento e a atrair menos pessoas, são pouco
rentáveis.
O carteirismo fiscal ou de outra natureza mas a
uma escala maior, é na verdade muito mais rentável permitindo ainda ganhos
colaterais, sempre do lado certo da lei e o lado errado da ética e da moral.
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