terça-feira, 1 de janeiro de 2013

FORÇA DE BLOQUEIO

Tu quoque, Cavaco, terá pensado Passos Coelho,  ao ouvir a mensagem de Ano Novo do Presidente da República. Na verdade, até mesmo Cavaco Silva, surge como força de bloqueio face ao conjunto de políticas assumido pelo Governo.
Remete o Orçamento Geral do Estado para fiscalização sucessiva do Tribunal Constitucional por sentir sérias dúvidas sobre a "justiça da repartição de sacrifícios" e sublinha o círculo vicioso produzido por políticas de austeridade e empobrecimento com claros e fortes efeitos recessivos. A pouco e pouco o Governo parece transformar-se numa aldeia de irredutíveis persistentes num caminho que não parece levar-nos à terra prometida, antes pelo contrário, continuamos na terra endividada e vamos perdendo o que temos.
Falta-me engenho e arte para concorrer com os inúmeros politólogos que esmiuçarão a comunicação do Presidente. Apenas uma última nota para registar que, para quem habitualmente é comedido nas apreciações, remetendo para uma mística e intangível "magistatura de influência" o seu papel institucional, os efeitos são manifestamente curtos.
Vamos seguir os desenvolvimentos, corrijo, vamos sofrer os desenvolvimentos.

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