Era uma vez um homem por quem toda a gente
esperava naquela terra. Havia muito tempo que se falava sobre a sua chegada.
Tardava e as pessoas acreditavam que ele vinha de
tão longe que a viagem era demorada e daí o atraso. Mas quanto mais ele se
atrasava mais as pessoas desesperavam de espera.
Nunca se percebeu muito bem qual a razão, mas as
pessoas acreditavam que o homem seria capaz de as ajudar a lidar com todas as
dificuldades e a minimizar os problemas. Só que para seu desgosto o homem
tardava e nunca mais aparecia, já parecia uma maldade, quanto mais as pessoas
desejavam e esperavam mais o homem teimava em não aparecer.
Alguns ainda pensaram em partir à sua procura mas
depressa desistiram, não sabendo qual o caminho do homem, não sabiam por onde
demandar. As pessoas da terra envolviam-se em discussões sem fim sobre o que
fazer.
Alguns, poucos, mais cépticos ou impacientes,
achavam que ele já não vinha, nunca. Outros mais optimistas ou desesperados
continuavam a acreditar que o homem viria para ajudar, só não sabiam quando e
esse é que era o problema. E as discussões retomavam-se, sempre da mesma forma,
uns a insistir que tinham de tratar das coisas, de todas coisas, sem estar mais
tempo à espera do homem e os outros, tolhidos de espera, acreditando que vai
ser amanhã, ou depois.
O mais curioso desta história daquela terra, é
que ninguém sabia nada do homem. Apenas que se chamava Sebastião. Parece que,
ainda hoje, não chegou.
E as pessoas continuam à espera.
1 comentário:
E ainda bem que não apareceu...
Segundo reza a história, não a escrita mas sim a verdadeira, o homem não era boa rolha.
Além disso em todas as campanhas eleitorais surgem Sebastianistas que prometem o céu e a terra e não fazem mais do que mentir e conduzir-nos em direcção á miséria roubando-nos a dignidade e o pão. A Abundância de bens, haveres e opulência guardam para eles.Não é quebra cabeças nenhum depreender que estou a referir-me a políticos e seus confrades.
Do caos nasce uma nova ordem. Talvez seja o melhor para quem sustenta estes tubarões glutões.
VIVA!
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