Em 2012, os portugueses tiveram um poder de compra, valor já corrigido, 76% abaixo da média europeia. Se considerarmos apenas a zona euro, Portugal é um dos três países com menor poder de compra.
Este valor tem vindo a baixar nos últimos anos provando que estamos no bom caminho de que fala Passos Coelho, estamos mesmo mais pobres e temos mais pobres. Bom trabalho, Senhor Primeiro-ministro e bem-haja pela sua persistência e visão.
Venderam-nos a ideia de que vivíamos acima das nossas possibilidades quando, na verdade, tal com acontecia com a maioria das famílias.
Com essa argumentação, impuseram-nos um tsunami de austeridade, que alguns dos autores já reconhecem que foi excessiva e, de facto, conseguiram um feito extraordinário, uma parte significativa da população portuguesa, 2,7 milhões de pessoas, já vive abaixo das necessidades, está em risco de exclusão e pobreza. Excelente, estamos quase lá.
Os outros, que ainda resistem, vão sendo objecto da continuidade das políticas, como se vê bem sucedidas, pelo que esperemos que o empobrecimento se continue a verificar.
E assim se cumpre Portugal e o fado português, pobrezinhos, poupadinhos, caladinhos e agradecidos a quem de nós tão bem cuida.
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