sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

PROFESSORES À PROVA (Take 2)

Ao que se noticia, está em marcha a tentativa de impedir a realização da segunda tentativa da sinistra Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades dos professores que ocorrerá em data a definir pelo MEC e justificada pela trapalhada de dia 18.
Sobre a sinistra Prova está tudo dito, retomo algumas notas repetidas mas ainda, lamentavelmente, oportunas. Não é necessário conhecimento muito sofisticado na área da Avaliação ou da Formação de Professores para entender que a sinistra Prova não avalia de forma alguma os conteúdos e competências exigidas para a função professor, razão pela qual este modelo não existe em qualquer país sério aplicado a professores já em função e raramente aplicado a professores que querem iniciar a carreira. Ponto.
Podemos discorrer de forma empenhada sobre outras alternativas de avaliação para candidatos à entrada na profissão ou de avaliação de professores já em função mas sabemos todos que só a prática em sala de aula permite aferir das qualificações, vocação ou conhecimentos dos professores, no início ou durante a carreira. Ponto.
Nada do que Crato afirma tem, a mínima relação com a Prova que, Crato sabe-o perfeitamente, não pretende avaliar competências e capacidades de professores, os objectivos do Ministro fazem parte de outra agenda. Este modelo de Prova destinado a avaliar Capacidades e Conhecimentos é algo de delirante, não merece, deste ponto de vista, muitos comentários, é demasiado mau o que temos para reflectir. Ponto.
É evidente que por mais que Nuno Crato afirme, com a maior das hipocrisias, que a Prova “dignifica” os professores”, permite “selecionar” os melhores, a realização desta Prova com o modelo, com os conteúdos, objectivos e circunstância em que acontece é uma página negra, muito negra, da política educativa das últimas décadas.
A realização desta sinistra Prova com Professores a vigiar Professores que estarão a submeter-se a uma Prova humilhante é uma enorme afronta a Todos os Professores, também aos que vigiam e "avaliam", os testemunhos ouvidos no dia 18 foram elucidativos e não deixam de provocar um sobressalto de indignação.
Esta sinistra Prova não é um problema dos Professores contratados, dos descartáveis, é, sobretudo, um problema dos Professores, de Todos os Professores  sempre entendi que assim deveria ser considerada.
Os incidentes, as habilidades, as ilegalidades que ocorreram no dia 18 mostram um MEC inflexível, arrogante, a arrogância do poder, do poder incompetente, evidentemente.
Enquanto este processo não estiver terminado, quero acreditar que os Professores, todos os Professores, não podem aceitar ser assim (des)tratados.

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