O MEC tem em andamento o processo de realização da Sinistra Prova. Usando
os expedientes do costume, alguns de duvidosa legalidade, reforça a hierarquia
e a pressão sobre directores e professores com o objectivo de vir a conseguir mostrar
que tudo correu com "normalidade", que o "direito à greve existe",
que os professores saíram "dignificados" (terminologia estranha
quando enunciada por Nuno Crato), blá, lá, blá, ... mas a Sinistra Prova
cumpriu-se.
Esta Sinistra Prova, pode juntar-se
à defunta criação da figura do professor Titular e dos Outros e à definição de
Quotas na avaliação, "és excelente mas já não cabes" como exemplos maiores e
recentes de atentados à dignidade profissional dos docentes e de um perverso
processo de divisão que facilite a gestão da agenda política da tutela.
Como já disse, não sou parte interessada neste processo, correndo o risco
de perorar sobre o que não me envolve, mas é minha convicção que se esta
sinistra Prova com o modelo, objectivos e circunstâncias que a envolvem, for
por diante e existirem professores que a aceitem "vigiar" e avaliar
outros professores, o mundo da profissionalidade de que fala António Nóvoa sofre
um profundo sobressalto, irreparável.
Será que é inevitável?
Sem comentários:
Enviar um comentário