segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A PROVA À PROVA


Ao que parece, alguns Directores expressam preocupação com a segurança para a realização da Prova. Talvez alguns professores mais reactivos ao insulto de que estão a ser alvo possam ter maus pensamentos e negar a condição de país de brandos costumes.
Entretanto, João Grancho, Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, afirmou, repetindo  "his master´s voice", claro, perdão Crato, que a sinistra  Prova visa a valorização da profissão, um monumento de desfaçatez, incompetência e manhosice. O Primeiro-ministro consegue ainda recordar o negócio realizado entre a UGT e o Ministro da Examinação tornando a Prova "imprescindível" para uns professores e "dispensável" para outros na mesma situação apenas com diferença em dias de experiência, para falar de "normalidade" na realização da Prova. Normalidade com esta coisa? Haja senso.
O incompetente e disparatado modelo e conteúdos da Prova que se diz destinada a avaliar Conhecimentos e Capacidades é, evidentemente, impossível de defender, é uma charada que insulta a inteligência e o conhecimento do que é a função de um Professor.
Será que não se consegue mesmo evitar que esta nódoa manche irreparavelmente o universo da educação? 
Será que assistiremos mesmo a que alguns Professores entrem numa sala para vigiar alguns colegas seus a serem maltratados porque buscam o acesso a um projecto de vida, ser Professor? 
E que depois avaliem se as cruzes no quadrado certo e as 350 palavras de máximo e em tinta preta escritas em acordês, sem erros evidentemente, cumprem os mínimos de uma aberração a que chamam Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades?
A ver vamos.

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