Existia uma opinião consensual
naquela escola, o Rapaz era um dos mais destacados alunos que já a tinha
frequentado. Desde o primeiro dia que as suas características se tornaram
evidentes levando ao seu reconhecimento progressivo, primeiro na sua sala e
depois em toda a escola.
Nenhum dos professores que iam
contactando com o Rapaz ficava insensível ao seu desempenho.
Alguns achavam que talvez fosse
influência da família pois os irmãos, que também já tinham passado pela escola,
também se fizeram notar e ainda eram lembrados por quem com eles trabalhou.
Por outro lado, muitos
professores achavam que o Rapaz também se esforçava, não era tudo devido à
família, ele empenhava-se profundamente no que fazia.
O Rapaz era conhecido e falado
por todos os alunos e professores e mesmo por muitos pais que dele iam sabendo,
pelos professores ou pelos filhos.
Na verdade, nunca ninguém naquela
escola tinha tido tão mau comportamento como o Rapaz. Nesse aspecto era sem
dúvida o melhor e mais competente que alguma vez por lá tinha passado. E o
Rapaz sabia disso, empenhava-se em manter o alto nível que tinha atingido. Ele
sobrevivia de alimentar essa personagem que se tinha criado e na qual ficou
encarcerado.
Às vezes, sozinho, sentia-se assustado. Mas ao entrar na escola voltava a ser o Rapaz mais extraordinário que já a tinha frequentado.
1 comentário:
Boa tarde:
Queria pedir permissão para publicar este texto no jornal da nossa escola, é um excelente ponto de reflexão, para quem pensa que ser "indisciplinado" é fácil:)))
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