terça-feira, 7 de maio de 2013

A AUSTERIDADE E O ASSALTO FISCAL SEGUEM DENTRO DE MOMENTOS

Ao que parece o Primeiro-ministro Adjunto da Troika terá dado indicação em reunião com a UGT de que estaria disponível para recuar na criação da taxa de sustentabilidade" sobre pensionistas e reformados, desde que houvesse a compensação dos montantes em jogo com mais este confisco.
O processo está a ser demasiado parecido com o episódio da TSU para que não nos recordemos.
Na verdade, considerando a indignação levantadas pelo anúncio do último pacote de austeridade por parte de  Passos Coelho, muitas das análises e discursos centraram-se na impopular mexida, mais uma nas reformas e pensões. A contestação, para além da oposição,  envolveu mesmo áreas da coligação, o CDS-PP, Paulo Portas afirmou claramente a sua não aceitação, bem como figuras do próprio PSD, tal como aconteceu com a TSU.
E na mesma linha parece desenhar-se agora o funeral da taxa de "sustentabilidade".
Talvez umas décadas de vida no caldo político português me tenham criado uma incómoda desconfiança, da qual não me orgulho, e uma reserva, eventualmente injusta, que obrigam a reflectir nestes processos.
Será que Passos Coelho e a pequena equipa que o assessora, designadamente os dois génios Moedas e Gaspar, não anteciparam a reacção que inviabilizaria esta medida sob pena de desencadear uma situação política e social potencialmente incontrolável? Tenho dificuldade em acreditar que tenham sido "surpreendidos" com as reacções do CDS-PP e de todas as outras vozes.
E se envolvido no restante pacote de austeridade, esse sim, a ser imposto, a referência à taxa de "sustentabilidade" constituísse apenas um instrumento de gestão política destinado, através de uma posição de recuo posterior, a legitimar todo o restante pacote com a vantagem de tal recuo poder ser envolvido num processo de "concertação social" e "diálogo" com os parceiros sociais, num clima de "humildade" e "sensatez"?
É rebuscado e delirante? É injusto? Está errado?
Pode ser que sim, mas não tenhamos dúvidas, a austeridade  e o assalto fiscal não foram revistos em baixa, seguem dentro de momentos.

1 comentário:

Costa disse...

na minha opinião , nem é rebuscado e muito menos delirante, e pelo q acompanho daqui. sul do brasil, parece-me q tem razão na sua analize , ate pq e gato escondido com o rabo de fora , isto é: são umas ideias tão claramente jericas q ate dá dó
abraço
joão costa