Ao que parece, a Troika que nos governa em nome
dos mercados ainda não aceitou um recuo na criação de uma nova “contribuição”,
ler “confisco” sobre as pensões que, aliás, é de duvidosa conformidade com a Constituição. Depois do Ministro de Estado do Governo e da
Oposição, Paulo Portas, ter afirmado naquele seu jeito característico que essa
era a linha que não poderia ser ultrapassada e pode levar mesmo a uma crise no Governo, o Primeiro-ministro Adjunto da
Troika, Passos Coelho, insiste na nessa possibilidade e na retroactividade da convergência
de reformas e pensões porque a Troika parece não aceitar alterações.
Não é possível assistir a este tipo de decisões e
discursos sem um sobressalto de indignação.
Cá estão, de novo, os burocratas ignorantes da
vida e das pessoas a decidir sobre o nosso país e a nossa vida.
O Governo, feitor sem mandato desta feitoria em
que nos transformaram e nos transformámos, tem-se esforçado denodadamente para
mostrar que os desejos dos feitores são ordens e o resultado é o que bem
sabemos, sentimos.
Miguel Beleza tem razão quando afirmou que a
soberania é uma treta. No entanto, a feitoria é uma tragédia.
E a gente aguenta?
Fernando Ulrich deve continuar a entender que
sim.
E nós?
Até quando?
PS - Afinal, o Dr. Portas aceita "excepcionalmente" a taxa sobre as pensões. Sem surpresa numa terra de enguias políticas com uma espinha tão flexível que apenas serve para segurar o corpo.
PS - Afinal, o Dr. Portas aceita "excepcionalmente" a taxa sobre as pensões. Sem surpresa numa terra de enguias políticas com uma espinha tão flexível que apenas serve para segurar o corpo.
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