Apesar da dramática banalização
de situações de violência e maus tratos envolvendo crianças continuam a surgir
situações com contornos verdadeiramente arrepiantes.
A lei portuguesa permite o aborto
em caso de violação até às 16 semanas de gravidez, até às 24 se existir a forte
probabilidade de que o bebé possa sofre de graves e incuráveis problemas e sem
limite quando estiver em causa uma grave e irreversível lesão física ou
psíquica da mãe.
Neste caso e devido à idade da
menina precisa ainda da autorização da mãe, uma pessoa a quem a filha já tinha
sido retirada e que, eventualmente, pode até ter tido conhecimento dos abusos
sem que actuasse e agora será chamada a decidir a não ser que seja impedida por
decisão de um tribunal.
A criança é descrita como uma
crianças frágil, introvertida e vulnerável.
Como estará ela viver todo este
drama, como se decidirá?
Será decidido pelos especialistas
de diferentes especialidades médicas que a menina não virá a sofrer de grave
lesão físico ou psíquica e verá nascer um filho nascido de uma crime a
psiquiatria e para o qual não estará evidentemente preparada.
Que futuro o do bebé que poderá
nascer? Uma instituição? Uma família? Qual família?
Como se gere nesta situação o
"superior interesse da criança"?
Porque tem esta miúda de sofrer
tamanha pena?
Que decidiria cada um de nós?
Continuamos a ser suficientemente
capazes de proteger as crianças?
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