Maioria chumbou reforço da proteção de
menores e agora quer mais meios
IPSS vão decidir casos de crianças em risco
Um bom exemplo do despudor
político e do caminho de privatização que em todas as áreas se está a acentuar
incluindo, educação, saúde e apoios sociais.
O PSD e o CDS/PP chumbaram há
três semanas na Assembleia da República uma proposta do PS e do PCP de aumento
dos recursos humanos das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens a quem,
como é sabido, já tinham sido retirados alguns técnicos e aumentado o número de
casos novos que justificam mais um técnico, de 150 para 300, uma enormidade inaceitável.
Depois das tragédias que
envolveram a morte de crianças num quadro de maus tratos e violência familiar,
os mesmos partidos, apressam-se numa manobra demagógica e despudorada a
recomendar ao Governo a "constituição de comissões intermunicipais com o
real intuito de garantir a real possibilidade de proteção a crianças e jovens
em risco" e a possibilidade da comissão nacional "protocolar"
técnicos de apoio com a comunidade.
Por sua vez o Instituto de
Segurança Social, a mesma estrutura que cortou, sublinho cortou, técnicos nas Comissões
de Protecção a Crianças e Jovens, vai propor a celebração de contratos com as
Instituições de Privadas de Solidariedade Social no sentido de apoiarem as
Comissões. Elucidativo.
Claro que se estimula e apoia
mais um nicho de negócio sujeito às teias da partidocracia, amiguismo e tráfico
de influências.
E assim se cumpre Portugal.
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