sexta-feira, 3 de abril de 2015

AGUIAR-BRANCO TEVE UM INCONSEGUIMENTO

"Silva Lopes teve "a felicidade de partilhar este momento com Manoel de Oliveira", afirma Aguiar-Branco" (na imprensa)


O Ministro Aguiar-Branco não tem, evidentemente, qualquer responsabilidade nas infelizes declarações que produziu à imprensa sobre a morte do economista Silva Lopes, 
E não tem responsabilidade por várias razões.
Em primeiro lugar e desde logo porque um Ministro, para mais com o pedegree de Aguiar-Branco nunca erra. Sendo certo que não é perfeito, nem o Primeiro-ministro o é, os ministros não erram, podem, no limite, evidenciar alguns inconseguimentos.
Em segundo lugar, a responsabilidade é sempre de algum técnico, nunca do Ministro. Presumo que o técnico do teleponto estaria em greve ou esqueceu-se ligar o aparelho.
Em terceiro lugar, pode acontecer que exista uma responsabilidade grave dos assessores de imprensa. Qualquer assessor de imprensa com um mínimo de experiência sabe que importa ter o máximo dos cuidados quando, por exemplo, um Ministro é interpelado de surpresa pela imprensa. A tentação de dizer qualquer coisa perante as câmaras ou os microfones é enorme, não resistem, pelo que o improviso é um comportamento de risco, e às vezes, sai mesmo asneira, foi o caso do Ministro Aguiar-Branco. 
Como o próprio Aguiar-Branco já veio afirmar, também acontece que a responsabilidade possa ser das pessoas que não interpretaram bem a profundidade e sofisticação do seu discurso.
Assim sendo e nesta conformidade, é imperioso forçar o homem do teleponto ou os assessores de imprensa a apresentar a sua demissão ou mesmo demiti-los.
É também de considerar a demissão dos cidadãos que interpretaram mal as palavras sábias, oportunas e de bom gosto do Ministro Aguiar-Branco, Não merecem a condição de cidadãos, são pouco argutos e incapazes de acompanhar o brilho do Ministro. Que se demitam, pois.

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