segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

UM ANO NOVO, MESMO NOVO

Por uma vez, o Ano Novo poderia ser mesmo Novo. Por exemplo.
Poderia ser Novo no respeito efectivo pela dignidade, pelos direitos básicos das pessoas e no combate às desigualdades e à exclusão e pobreza.
Poderia ser Novo na gestão da coisa pública com transparência, justiça e ao serviço das pessoas.
Poderia ser Novo na definição de políticas dirigidas às pessoas e não ao sabor dos endeusados mercados e da agenda da partidocracia.
Poderia ser Novo no recentrar das grandes questões da educação na qualidade dos processos educativos e no sucesso do trabalho de alunos e professores.
Poderia ser Novo no combate ao desperdício e à iniquidade de mordomias insustentáveis.
Poderia ser Novo nos discursos e padrões éticos das lideranças políticas, económicas e sociais.
Poderia ser mesmo Novo, estão a ver? 
 
De repente, lembrei-me do Zé, um jovem com uma deficiência motora significativa com quem me cruzei há anos, que quando falava dos seus desejos de futuro terminava sempre da mesma maneira, “sonhar não custa nada, viver é que custa”. 
 
Que o Ano Novo vos (nos) seja leve.

1 comentário:

Anónimo disse...

Paula: Realmente seria extraordinário num mundo cruel que não pára para pensar?
És magistral e linda, sabias?
Com respeito e esperança num mundo melhor. Terá que ser muito melhor.
Beijinhos.
Sempre a respeitar-te e a admirar-te.

António Pena Gil