Ao abrir o Público on-line bato com os olhos na primeira
referência, “A água da torneira é segura confirma Bruxelas”. Ao que parece a Comissão
Europeia encerrou um processo de pré-contencioso, expressão do mais fino
recorte burocrático, sobre a qualidade da água de consumo em Portugal.
Não sei bem porquê, mas fiquei logo mal disposto.
Eu sei que isto, o país, é uma feitoria administrada por uns feitores
sem mandato para tal e que a soberania é algo em extinção, mas porque milagre
ou mistério são os burocratas de Bruxelas a decidir que a água da torneira é
boa?
A teia burocrática europeia, em nome dos feitores e da sua
agricultura determina a dimensão da fruta, do peixe, dá cabo da nossa agricultura
e pesca e decide que a água é boa, os nativos, como diria Vasco Pulido Valente,
podem bebê-la sem perigo. Obrigado Bruxelas.
Os agricultores algarvios produzem laranja excelente que se
estraga porque não responde ao calibre determinado pelas burocratas de Bruxelas,
importamos laranja engraxada e de estufa sem qualidade e autorizam-nos a beber
a nossa água porque ela tem qualidade. Obrigado Bruxelas.
Devo ter acordado mal disposto com a expectativa de sair de
um mau ano velho para entrar num péssimo ano novo, mas não consigo entender
porque é que a rapaziada cá do burgo não será capaz de saber que a água que
bebe tem qualidade sem que os burocratas que nos parasitam metam o bedelho.
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