Na sua homilia de Natal, o Presidente da República ofereceu-nos uma retórica simpática e de acordo com o "espírito fraterno" e o "tempo da família" em que devemos "pensar nos mais frágeis" e não "perder a esperança".
"De mãos dadas, construiremos um futuro melhor" pois, "se caminharmos unidos ultrapassaremos as dificuldades" é a visão expressa pelo Presidente.
É, naturalmente, bonito de se ouvir, aliás, ouve-se pouco o Professor Cavaco Silva desde que se tornou um "viciado" no Facebook.
No entanto, depois destas palavras ficamos todos com alguma ansiedade a aguardar outras palavras do Presidente da República, as que dirá sobre o Orçamento Geral do Estado para 2013 que parece constituir-se como parte do problema e não parte da solução, como entendem largos sectores, incluindo a área da coligação que governa.
Não creio que o Presidente Cavaco Silva acredite no que disse, mas, insisto, é bonita esta ideia de que temos de ser amiguinhos e dar as mãos. Aliás, também não tenho muita convicção de que um milhão de desempregados e três milhões de portugueses em risco de pobreza e exclusão acreditem.
PS - Segundo a imprensa, já se "conhecem" as palavras de Cavaco Silva sobre o OGE para 2013, a promulgação e o envio para o Tribunal Constitucional para fiscalização sucessiva. Dado o teor do Orçamento e o que tem sido afirmado, era o mínimo que poderia dizer. Aliás, o Presidente não é homem para dizer mais do que o mínimo e, às vezes, nem isso. No entanto, confesso a estranheza pelo facto do Presidente promulgar um instrumento tão importante e que lhe suscita dúvidas de constitucionalidade. Certamente que é erro de apreciação da minha parte.
PS - Segundo a imprensa, já se "conhecem" as palavras de Cavaco Silva sobre o OGE para 2013, a promulgação e o envio para o Tribunal Constitucional para fiscalização sucessiva. Dado o teor do Orçamento e o que tem sido afirmado, era o mínimo que poderia dizer. Aliás, o Presidente não é homem para dizer mais do que o mínimo e, às vezes, nem isso. No entanto, confesso a estranheza pelo facto do Presidente promulgar um instrumento tão importante e que lhe suscita dúvidas de constitucionalidade. Certamente que é erro de apreciação da minha parte.
1 comentário:
O presidente menospreza a inteligência dos portugueses: ao promulgar o OE2013, viabiliza a sua aplicação. O pedido de fiscalização da sua constitucionalidade é um "smile" para a fotografia: fica bem. Depois, se/quando o Tribunal Constitucional o declarar inconstitucional,o que demorará meses, ficará tudo na mesma, porque o dito OE2013 já estará em avançada execução, ficando as inconstitucionalidades de ser corrigidas no orçamento seguinte. E assim, de orçamento em orçamento, de inconstitucionalidade em inconstitucionalidade, os governantes destruirão o que resta nesta feitoria europeia, aliás, já internacional até!
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