No JN lê-se que a população de Ventosa,
concelho de Vizela, se encontra muito indignada com um sacristão que cobra 30
euros aos familiares dos defuntos para assumir a extenuante e complexa tarefa
de accionar, a partir de casa, o comando do sino da igreja que possui um
sistema automatizado.
Confesso que ao passar os olhos
pela imprensa on-line e ter uma notícia destas nos tempos de chumbo que
atravessamos, é reconfortante e deve ser sublinhado.
Numa altura em que tanto se fala
da degradação da qualidade do trabalho aqui temos um excelente exemplo.
Em primeiro lugar é de registar o
uso do tele-trabalho prevenindo gastos de deslocação e aumentando a segurança e
mostrando como as novas tecnologias podem representar avanços civilizacionais.
Por outro lado, creio que quando
regularmente temos informação sobre a desqualificação salarial de trabalho
qualificado é de aplaudir o pagamento de 30 € pela tarefa altamente
especializada e sofisticada de carregar no botãozinho e fazer ecoar o sino em
memória do defunto.
Este episódio deveria constituir
um exemplo de promoção das condições laborais, de desenvolvimento tecnológico e
de empreendedorismo num sector fortíssimo como é a economia social.
E assim se cumpre Portugal.
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