No âmbito de uma investigação realizada pela Universidade do
Minho, divulgado no Público, verificou-se que em muitos concelhos inquiridos se
constatou que as famílias com mais baixos rendimentos estão a pagar refeições e
a componente de extensão do horário nos jardins-de-infância da rede pública,
serviços integrados na chamada Componente de Apoio à Família, no mesmo valor que
as famílias com rendimentos superiores. Tal prática contraria os normativos
sobre a matéria que obrigam a que na educação pré-escolar se utilizem os mesmo
critérios e escalões que na escolaridade obrigatória.
Em resultado desta situação, muitas famílias carenciadas
estão a sentir uma enorme dificuldade em manter as crianças a frequentar os estabelecimentos
de educação pré-escolar e os serviços e equipamentos privados são muito caros,
um dos mais elevados da europa.
Sabemos todos como o desenvolvimento e
crescimento equilibrado e positivo dos miúdos é fortemente influenciado pela
qualidade das experiências educativas nos primeiros anos de vida, de pequenino
é que ...
Assim, existem áreas na vida das pessoas que
exigem uma resposta e uma atenção que sendo insuficiente ou não existindo, se
tornam uma ameaça muito séria ao futuro, a educação dos mais pequenos é uma
delas, Os riscos que correm estes miúdos obrigados a abandonar a educação pré-escolar por questões económicas são elevados e, obviamente, contribuem para perpetuar assimetrias sociais e a falta de mobilidade social de que a educação é a principal ferramenta.
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