quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A DESPUDORADA DANÇA DAS CADEIRAS. Mais um contributo

Faltava o entendimento do PCP sobre a lei da limitação de mandatos nas autarquias. Fica-se, pois, a saber que se junta à manhosa leitura que sustenta a despudorada dança das cadeiras e o deprimente espectáculo a que vamos assistindo, com migrações de "dinossauros" autarcas que se eternizam ao serviço da partidocracia. A declaração do PCP mereceu aplausos por parte da bancada do PSD e do PS num bom exemplo de que como os "entendimentos" são possíveis.
E é assim que esta choldra, como diria o eterno Eça, funciona. A lei é clara na sua intenção e formulação mas, como sempre, se não serve os interesses partidários de ocasião, torce-se a lei, é simples, e ela passa a dizer o que que nós queremos que ela diga. No entanto, em termos de saúde ética da nossa vida cívica, o preço deste pântano é altíssimo.
O despudor e a partidocracia capturaram e debilizaram a qualidade da democracia, a confiança e o envolvimento cívico dos cidadãos.
Este é, também, uma dimensão enorme da crise, das crises.

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